Tite manterá, contra a Costa Rica, o mesmo time que só empatou com a Suíça em 1 a 1, no primeiro jogo da Seleção na Copa. A atuação passou longe de um candidato a título. Mas o Brasil poderia ter vencido, não fossem os erros da arbitragem e alguns azares. Não dá para mudar tudo o que vinha dando certo por um jogo abaixo do padrão habitual. Mas há um fato: não houve a superioridade acachapante, tática e técnica. Copa é um torneio curto, diferente de todos outros. Faltam seis jogos até a final. O que nos remete para a maldição da estreia.
Dois jogadores ficaram muito abaixo. Podem não perder o lugar na sexta-feira, em São Petersburgo, mas subiram no telhado. Um deles é Paulinho, peça essencial no 4-1-4-1 de Tite. Sem essa engrenagem azeitada, a máquina emperra. Paulinho é o fiador dos avanços de Philippe Coutinho, a pedido do técnico. Contra a Suíça, Renato Augusto entrou em seu lugar, mas só porque não havia Fred. Se Paulinho não se puxar, a chance de Fred entrar e não sair mais é grande. Nesta segunda-feira (18), ele treinou bem. Nada sentiu no tornozelo. Outro que subiu no telhado é Danilo.
O lateral-direito tem grife de Manchester City, mas jogou como meio de tabela do Brasileirão. O Brasil ficou capenga. Willian não teve diálogo no flanco, enquanto Marcelo e Neymar tagarelavam do outro. Fagner é homem de confiança de Tite. Se Danilo for opaco novamente, pode haver mudança. Em 1994, Raí começou a perder a titularidade para Mazinho após uma estreia murcha, diante da Rússia. Em 1998, Giovani desapareceu na frente dos escoceses. Zagallo nunca mais o devolveu ao time. Pelé, Zito e Garrincha entraram só na terceira rodada em 1958.
Será que a maldição da estreia pode mexer de novo na escalação do Brasil em uma Copa? O time que começa, não termina. É o que diz o ditado.