As críticas a Odair Hellmann vêm das redes sociais. Não há como saber se de um grupo organizado decidido a fazer barulho, mas o fato é que, no Beira-Rio, o time foi aplaudido após o empate com boa atuação diante dos reservas do Cruzeiro.
Em finalizações, 22 a 8. Posse de bola, 58% a 42%. Danilo Fernandes bocejou, enquanto o goleiro Rafael saiu de campo consagrado, com ótimas defesas e muita sorte no chute de Lucca, que explodiu no travessão.
Se os resultados demorarem muito a vir com alguma regularidade, ao menos em número capaz de não fazer o torcedor sofrer com receio de novo rebaixamento, o tom das cobranças subirá. Estamos no Brasil, enfim.
Mas não custa refletir um pouco. O torcedor precisa ter a consciência de que é maior a chance de os pontos da tranquilidade virem com atuações consistentes.
Em algum momento, as realidades se encontrarão, a do campo (Palmeiras e Cruzeiro) e a da tabela. O raciocínio inverso ajuda a entender.
Em 2016, o Inter de Argel liderou. Até venceu fora. Jogava por uma bola, especulando contra-ataques. No Beira-Rio, força aérea, rebotes e pouca bola no chão. Pura ilusão: a pobreza no desempenho não demorou a trazer empates e derrotas. A Série B nasceu aí.
Que tal fazer diferente dessa vez? Primeiro, regularidade de atuações em bom nível. Vencida a etapa da tranquilidade dos pontos, o passo seguinte. Dá para pensar em vaga de Libertadores, quem sabe se o G-4 aumentar, como no ano passado?
O que vier, é lucro. O Inter não joga por este campeonato, mas pelo seu futuro em um ano de extremas dificuldades financeiras. O torcedor colorado nem imagina quanto.