No primeiro tempo do Pacaembu, Edenilson acertou um chute que quase entrou no ângulo de Jaílson, goleiro do Palmeiras. Até o arremate do volante colorado, o Inter trocou passes pelo campo todo durante exatos 1min11s.
Começou lá atrás, avançou além da linha divisória pela direita, voltou para a defesa, O goleiro Danilo Fernandes trocou passes com os zagueiros, e estes com volantes, Iago conseguiu sair tocando rente à linha lateral mesmo pressionado, outra vez houve jogo de meio até, enfim, Edenilson receber, cortar o zagueiro e finalizar, da entrada da área.
A pergunta é: por que nada disso ocorreu em Salvador? Ou, pelo menos, algo parecido? Qual a razão para o time ter ficado tão atrás, com linhas exageradamente baixas, se diante do poderoso Palmeiras o Inter somava três conclusões, uma delas chance de gol, com apenas 10 minutos de jogo?
Depois, cedeu espaço. Antes de abrir o placar com Dudu, de cabeça, Borja tinha perdido uma chance de cabeça para o Palmeiras, ele e o goleiro. Mas houve jogo. Lá e cá. Diálogo. E não o monólogo do segundo tempo de Salvador, quando a derrota era questão de tempo. levando a disputa da vaga para os pênaltis.
Eis o desafio a partir de domingo, contra o Cruzeiro pressionado por vitória após duas derrotas, no Beira-Rio: qual o Inter verdadeiro? O do Estádio Barradão? Ou o que jogou contra Bahia e Palmeiras? O quanto esta resposta aparecer na vida do Inter, melhor.