Pênaltis não marcados como o de Thiago Carletto em André, para o Grêmio, contra o Atlético-PR, e o de Lucas Lima em Nico López, em favor do Inter, diante do Palmeiras, tornam-se mais inexplicáveis se levarmos em conta que a arbitragem não é mais trio.
No Campeonato Brasileiro é sexteto: o árbitro principal e seus dois assistentes, o quarto árbitro e ainda outros dois adicionais, atrás das goleiras.
Estes, em tese, deveriam salvar a pele do principal em caso de visão encoberta ou posicionamento errado, do tipo não conseguir acompanhar a jogada de perto.
Mas eles dão show de omissão. Os adicionais, portanto, nunca substituirão o árbitro de vídeo. Se eles tivesse trabalhado corretamente, é bem possível que o Grêmio tivesse vencido o Atlético-PR, caso convertesse o pênalto que o árbitro não marcou.
Carletto puxou a camiseta de André ao ponto de quase rasgá-la. No Pacaembu, Lucas Lima trancou a perna de Nico López na área, impedindo-o de abrir o clarão rumo ao gol. Chegou atrasado e pegou só a perna do atacante colorado.
O que acontece? Falta de treino? De ritmo? De precisão acerca de suas reais atribuições? Medo de errar? De entrosamento com a equipe de arbitragem? Qual o motivo para eles não participarem mais ativamente da partida?
É como diz o Guerrinha, no jargão popular: do jeito que está, os adicionais atrás das goleiras estão mais para samambaias decorativas do que árbitros atentos exclusivamente para os lances de área.