O grande reforço do Inter para 2018 pode estar em casa. Se Nico López jogar o que jogava no Nacional, quando eliminou Corinthians e Palmeiras na Libertadores de 2016, será destaque certo no Brasileirão. Naquele primeiro semestre, foram 27 jogos e 14 gols. O Inter foi buscá-lo com o auxílio do empresário Delcir Sonda.
O uruguaio tem talento de sobra. É diferenciado. Sabe improvisar. É só lembrar de seus gols: a maioria é de execução fina e até rebuscada. Tem chute de média distância. Os números dele impressionam justamente por não ser titular. O jogador de 24 anos e 1m75cm acumula passagens por Roma, Udinese e Verona, todos da Itália.
Nico López foi artilheiro do Inter em 2017, com 17 gols. Em 2018, repete-se o filme. Os dois gols da vitória por 2 a 0 diante dos baianos o colocaram à frente de William Pottker, com cinco na temporada.
A questão é: quantas vezes, após um jogo como o de domingo, na reestreia colorada na Série A, esse horizonte se abriu para o atacante? Algumas. Tal cenário já aconteceu. Mas Nico López não se firmou como titular. Não soube assumir a condição de ídolo que, claramente, o torcedor enxerga nele.
Depende só do uruguaio aproveitar a sequência que deve ter na infelicidade de Rossi e Damião, ambos lesionados. E colocar a cabeça no lugar, sem levar cartões amarelos infantis.
Talvez não tenha outra chance. Se a questão é aprender a recompor, que o faça. Além do mais, nesse momento, com o Inter sem dinheiro, ganhar um "reforço caseiro" desta envergadura seria a melhor notícia possível para o técnico Odair Hellmann.