A venda cheia de recordes de Arthur virou a notícia do dia no Brasil, é claro. Nunca um jogador, sem ser atacante, foi vendido por tanto dinheiro. Mas, antes, dois jogos mobilizarão a rivalidade Gre-Nal nesta quarta-feira.
Imagino que o Grêmio será campeão da Recopa. Terá de ser mais na força, suor e grito da arquibancada do que naquele futebol da Libertadores que ficou em algum lugar do ano passado. Há muitos desfalques contra o Independiente.
O time de Renato é uma incógnita de escalação e rendimento, ainda mais sem Arthur, lesionado. A ausência dele, somada a de Ramiro e a de um Michel cujo futebol desabou rumo ao banco após a cirurgia, é pesada demais para o meio-campo.
Em Belém, a decisão do Inter contra o Remo não tem taça, obviamente. Mas ser eliminado agora da Copa do Brasil seria um duro abalo no claro processo de retomada de confiança liderado por Odair Hellmann. Lesionado, William Pottker sai e não deve haver mistério no substituto: Nico López.
A repetição da equipe indica um caminho. É decisão nesse sentido: um jogo só para seguir pensando em título nacional e na construção de uma equipe sólida no Brasileirão, capaz de brigar ao menos por vaga na Libertadores.
Ter paciência no começo, além de saber administrar a grama fofa do Mangueirão e o clima abafado (o Inter de Odair é intenso e terá de dosar) é a equação para ser resolvida no Pará.