Odair Hellmann fará bem se escalar Camilo e D'Alessandro em Cascavel, contra os reservas do Boavista, pela Copa do Brasil. O debate em torno de ambos juntos é um redemoinho sem fim no Inter por um motivo.
Imagina-se que a transição ofensiva desabrochará com eles. Se o time tivesse mais participação e rapidez nesta parte essencial do jogo através de volantes, laterais e zagueiros — como deve ser — poderia abrir mão de um deles sem problemas. A última pincelada na escultura de um lance de ataque não precisa ser exclusivamente do armador. Todo o time tem de participar deste processo.
Do contrário, se Camilo sai, D'Alessandro fica sobrecarregado na marcação. Se Camilo entra, aí é o risco do prejuízo defensivo. Odair sabe disso. Sua decisão de time ideal terá essa análise. Não se baseará se a solução é escalar três volantes ou dois meias.
Melhor ver, de uma vez por todas, se Camilo e D'Alessandro oferecem este equilíbrio de ataque e defesa. Para além da classificação (uma improvável derrota minaria a tranquilidade para Odair trabalhar), o jogo de hoje vale para encaminhar definições sobre o que interessa: a Série A do Brasileirão. Empate serve.