Claro que o mundo não vai acabar para o Inter depois de perder um jogo após seis vitórias seguidas, mesmo que o insucesso tenha significado o fim da liderança. Mas a derrota por 2 a 1 para o Juventude no Alfredo Jaconi pode e deve servir de alerta. Ou de recado. Ou de lição.
Não dá para acreditar no canto de sereia de que o retorno à Série A vai ser moleza, com muitas rodadas de antecedência. Toda vez que o Inter "se acha" e adota um jogo menos operário, cai do cavalo.
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Em alguns momentos, o Inter atuou de forma acadêmica, sem o foco de outras vezes. À certa altura, voltou aquele aparente enfaro de disputar a Série B. O primeiro gol, do Juventude, é prova disso. Todos tiram o corpo e deixam Pará entrar a drible. Mandrake total. Da jogada nasce o escanteio e o gol.
O jogo foi equilibrado, e este foi o problema para o Inter. O time de Guto Ferreira não tinha D'Alessandro e Dourado, mas o Juventude também listava desfalques. Não tinha o artilheiro da competição, Tiago Marques. E o zagueiro Ruan Renato, negociado com o futebol austríaco.
Um jogo entre Inter e Juventude não pode ser equilibrado, mesmo no Jaconi. Não entre quem entrou na rodada líder e outro só em sexto lugar. Era esse o cenário antes do jogo. Com Felipe Gutierrez em vez de D'Alessandro, o Inter foi burocrático. O chileno fez o gol de empate na única vez que entrou na área do Juventude, mas não é meia ofensivo. Não jogou mal, mas não supriu D'Alessandro. Agudo mesmo, o Inter só foi quando Nico Lopez entrou no lugar de Pottker, na segunda etapa. Sasha e Pottker não entraram na área. Tiveram atuações abaixo do que vinham mostrando.
O Juventude exibiu três finalizações certas. Duas resultaram em gol, e nelas se viu virtude do Juventude, mas erros graves do Inter. No primeiro, ninguém subiu no gol de cabeça de Mikael. No segundo, o contra-ataque entrou fácil.
Em resumo: o excesso de confiança ajudou a derrotar o Inter. Vale como lição.
* ZH Esportes