Ele esteve bem abaixo do seu normal, mas claramente arrastado pelo momento do time. Logo retomou o padrão que o levou ao grupo da seleção brasileira medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.
O volante Rodrigo Dourado está à vontade, posicionado entre as duas linhas de quatro do esquema desenhado pelo técnico Guto Ferreira. O seu desempenho está na gênese da solidez defensiva, base de sustentação da arrancada do Inter na Série B do Campeonato Brasileiro.
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Nos últimos quatro jogos, um gol sofrido apenas. É quase nada. O goleiro Danilo Fernandes deixou de ser o melhor em campo. Quase não trabalha. Corre até risco de ser surpreendido por estar sem aquecimento adequado, de tanto tempo que só vê o jogo.
Dourado também participa da transição ofensiva, com bom índice de passes certos, mas o que impressiona é mesmo o bote. É, de longe, o maior ladrão de bolas da Série B. Nada menos do que 70 desarmes certos (sem cometer falta) em 20 rodadas de competição.
O jogador que mais se aproxima de Rodrigo Dourado neste quesito, segundo o site de estatísticas Footstats, está muito distante. É Jonathan, do ABC (adversário do próximo sábado, em Natal), com 53 desarmes.
Em resumo, é mais ou menos assim: quem cair na entrelinha por onde transita Rodrigo Dourado com cada vez mais naturalidade, no 4-1-4-1 colorado, ficará sem a bola. Ele abre o compasso, estica a perna, antecipa – enfim, dá o bote.