Maicon não chega a ir mal quando substitui Arthur. Também acerta passes e se mexe – mas não com a qualidade de Arthur.
Pelo menos tem sido assim desde o surgimento do jovem volante, que já entrou o radar do técnico Tite para a Seleção Brasileira mesmo com 21 anos recém completados.
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Arthur faz a bola quase zunir. Aposta em passes verticais com mais sucesso. Costumo chamá-lo de acertador de passes. Os números atestam. Contra o Atlético-MG, vitória por 2 a 0, ele errou um em 106 tapas dados na bola.
É, também, mais ágil. Gira, protege, move-se para outra direção, dá meia volta, engana o adversário só no corpo.
A ausência de Maicon, que acusou dores no tendão e não treinou ontem, pode ser positiva no sentido de escalar Arthur de qualquer maneira. Contra o Godoy Cruz, Renato o preteriu em nome da experiência.
Um motivo respeitável. Um técnico precisa de tomar decisões, e Renato têm sido quase perfeito em todas elas. Mas o fato é: sem Arthur, o rendimento baixou. Em uma partida na qual a proposição do jogo será do Grêmio, como esta diante do Cruzeiro, a certeza da escalação de Arthur no meio-campo é quase o destino conspirando a favor.