Assim como no Caso Victor Cuesta – Elton, do Ceará, o acusou de chamá-lo de macaco –, de novo o debate sobre racismo no futebol chega torto e provando que muita gente não se importa de verdade com o tema, transformando-o em papo palha de rivalidade clubística.
Afirmei, no episódio do zagueiro, que era a palavra de um contra o outro, mas era duro de acreditar que Elton estivesse mentindo.
No Brasil do preconceito, denunciar só encontra respaldo no começo. Logo ali adiante, se a vítima prossegue se manifestando, vira chata. Exagerada. E, depois, vilã. A troco do que Elton mentiria? Pena que não havia imagem para dirimir a dúvida.
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Colorados antes militantes da punição ao Grêmio no Caso Aranha me xingaram. Gremistas, que antes achavam absurdo o Grêmio perder pontos naquele duelo de Copa do Brasil, mudaram de ideia e cobraram o rigor da lei para o Inter. Agora, de novo.
Um torcedor do Botafogo praticou injúria racial contra familiares de Vinícius Júnior, jovem talento do Flamengo. O vídeo mostra o alvinegro sinalizando a cor do próprio braço, na direção do camarote. Deplorável.
O Botafogo devia expulsar esse pobre de espírito. Impedi-lo de ir ao Engenhão. Alguns gremistas exigem que o Botafogo perca os pontos da partida, como aconteceu com o Grêmio.