A vitória sobre o Ceará por 2 a 0 no Castelão indica, em primeiro lugar, que o Inter consegue jogar quando o espaço lhe é concedido, seja por erro de passe do adversário, mérito próprio na marcação alta ou as duas alternativas somadas. Se atrapalha no Beira-Rio, quando é sua a tarefa de criar o espaço, com a bola no pé. É o que atestam os números.
É o melhor visitante da Série B, mas o desempenho em casa é de Z-4: sete pontos. Dos 21 pontos que o colocam no 5º lugar, nada menos do que 14 são fora. Quanto ao jogo em si, além da entrega e fôlego até o fim, boas notícias. Que, com mais algumas partidas de amostragem, podem significar um evolução enquanto time. Em primeiro lugar, a organização.
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Desde o jogo com o Santa Cruz, Guto Ferreira mantém o 4-1-4-1, com Rodrigo Dourado entre as linhas. Mudam os nomes, mas não o desenho. Desde lá, o sistema defensivo melhorou. É uma repetição importante, sobretudo agora, com a escalação mantida. A novidade, ontem, foi D’Alessandro por dentro, com Edenilson. Pottker e Gutiérrez fizeram os lados.
Boa providência, preservando o capitão de acompanhar lateral. Winck sofre para defender, mas tem tanto repertório ofensivo que a camisa 2 é sua. Nico pode até se desligar em momentos do jogo, mas é diferenciado. Fez outro golaço.
Uma vitória com a marca da inteligência. A posse de bola foi do Ceará (62%), mas as finalizações não deixam dúvida acerca da eficiência colorada: 8 a 3 em chutes a gol certos (dois na trave). Quando os dois Inter fizerem as pazes,o de casa e o de fora, o G-4 virá.