A vantagem mais visível de apostar em Leandro Damião em um primeiro momento, sem entrosamento, é a jogada aérea. Na Série B, diante de times fechados, o Inter tem erguido muitas bolas para a área. Contra o Oeste, foram 34 (uma delas, o gol de Sasha).
Na derrota para o Vila Nova, 26. Luverdense? Um assombro: 47. Por óbvio, um centroavante de referência habita mais a zona perto dos zagueiros, o que também pode ajudar no espaço para o rebote, a chamada segunda bola.
A desvantagem vai na mesma linha. Se, sem Damião, o Inter já se vale do jogo aéreo em frequência indecente, imagine com ele. Pode ficar uma equipe previsível e preguiçosa.
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Eu o deixaria no banco contra o Goiás, mantendo (mais o retorno dos titulares) o time interessado que venceu o Oeste com muitas finalizações, mesmo sem dar show. Uma espécie de prêmio aos jogadores que colocaram o Inter no G-4. Damião não pode entrar no carteiraço de quase cinco anos atrás.
O turno
O complemento da 17ª rodada fez do jogo com o Goiás um emblema para o Inter. Instalado no G-4, uma vitória sobre o Goiás implica fechar o turno na zona de classificação, quem sabe até perto do líder América-MG neste perde-ganha medonho da Série B. Só não pode se fiar muito. Se não transpirar além da conta, o retrancão de Argel dará um nó no Inter.