Foi uma vitória do suor e da garra de alguns meninos que não tiveram o privilégio de entrar no time aos poucos, como reza a cartilha.
Nomes como Valdemir, Charles, Juan Matheus e Diego foram decisivos para vencer uma partida essencial. Para se ter ideia, em caso de derrota, o Inter corria o risco de ficar com pontuação de Z-4.
A defesa sofreu demais, com Danilo Fernandes operando milagres. A atuação passou longe de convencer, mas no cenário atual, o fundamental era vencer.
Guto Ferreira foi corajoso: deixou os titulares mais cansados em Porto Alegre treinando e apostou em uma equipe com fôlego, capaz de correr até o último minuto.
Mexeu no time quando percebeu que faltava armação, apostando em Juan. E acertou em tirar Carlos e apostar em Diego. O Inter comeu grama e mordeu o garrão como ainda não tinha feito na Série B.
Quando Diego marcou o gol da vitória, estava no 4-1-4-1. Atrás de Pottker, o mais adiantado, Juan, Fabinho, Valdemir e Diego. Os nomes da vitória de 2 a 1 sobre o Figueirense? Juan, que deu qualidade e mudou o cenário. E Guto, pelas decisões que tomou, antes e durante o jogo.
O técnico foi agregador na entrevista, elogiando o trabalho anterior de Antônio Carlos Zago (afirmou que não partirá do nada) e os jogadores que ficaram em Porto Alegre, segundo ele com o mesmo espírito.
Disse mais: reconheceu a pressão externa, mas não disse que era indevida, reconhecendo as críticas da imprensa e os protestos da torcida como legítimas. Falou até em sorte, sem deixar de reconhecer as falhas de sua equipe, evitando o discurso fácil da vitória.