Repetindo, já que desenhar não dá aqui na coluna. No 4-2-3-1, a linha atrás do atacante projetado se espalha em meias, extremas e central. Este trio pode ser todo formado por jogadores cuja origem é o ataque. Nada contra.
Pode-se dizer, com algum exagero permitido para efeito de raciocínio, que o mundo aposta nessa ideia – desde que eles, os meias, tenham disciplina tática e saibam exercer a função no esquema.
Se o extrema não acompanha o lateral adversário e volta por dentro, deixa o seu próprio lateral na mão. Carlos condenou Carlinhos à reserva por isso.
É preciso leitura para cortar a linha de passe na transição e agredir o portador da bola, de modo a retomá-la perto do gol sem desgaste físico desnecessário – tudo isso sem perder o poder de fogo no ataque.
Do contrário, emergem os espaços por onde nascem as crises.
Se Guto Ferreira conseguir ensinar tais funções a Carlos e Marcelo Cirino, perfeito. Do contrário, terá de buscar outros nomes para estas tarefas múltiplas, quem sabe de características ofensivas menos acentuadas, no caso específico e emergencial do Inter.
Guto é talentoso, mas não é mágico. Recém chegou. Necessita de um mínimo de tempo e paciência.