Entra ano, sai ano, a polêmica sempre volta. E sempre com o mesmo erro.
Há uma diferença pétrea, no futebol, entre poupar e preservar.
Poupar é não escalar só de medo de um titular se machucar, algo que pode acontecer no treino ou em algum escorregão no assoalho molhado da cozinha.
Preservar, não. A preservação indica provas científicas de que, se jogar quarta e domingo e quarta e domingo e quarta e domingo, além de as chances de ir mal por razões físicas, o risco de lesão muscular cresce.
Ou seja: escalar um titular assim é duplamente errado. Primeiro, porque este titular jogará abaixo do que pode. Talvez nem seja acréscimo. E, segundo, porque pode ficar fora por meses. Kannemann soma 20 jogos em 2017.
Se a comissão técnica tem a informação de que está no limite (só hipótese, não tenho essa informação), melhor segurá-lo. Não teria nada a ver com menosprezo ou soberba.
Em caso de hecatombe, jamais alguém poderá alegar este motivo para uma improvável eliminação na Libertadores.
Não contra os reservas do Zamora, nesta quinta-feira, na Arena, tem mais essa.