O santanense Ben Hur Pereira, 53 anos, tem uma missão quase milagrosa pela frente: remontar em tempo recorde o Novo Hamburgo, campeão gaúcho, para disputar a Série D, que começa neste domingo diante do São Bernardo-SP, no Estádio do Vale. O técnico foi o meu convidado no Te Pago um Café, da RBS TV.
Muita dificuldade financeira?
Sim. Mas temos a Copa do Brasil, na qual entraremos como cabeça de chave, então escaparemos de um Inter, Grêmio ou Flamengo na estreia. A premiação por fase é boa, começa em R$ 400 mil. O clube precisa aproveitar o momento para dar o salto.
Quantos jogadores ficaram?
De titular, só o Preto. Os outros saíram pela valorização do título. Perdemos 60% do elenco. Não havia como cobrir os salários. É a realidade do Interior.
Quantos na apresentação?
Quatorze. Estamos trazendo alguns reforços ainda.
E como montar o banco de reservas, por exemplo?
Primeiro tenho de montar o time (risos). Já tenho os titulares na minha cabeça.
Foram quantos dias de trabalho até a estreia desse domingo?
Cinco dias.
O que você não foi no Noia?
Acho que só presidente (risos). O resto já fui, de ex-jogador a cargos no clube, de técnico e gestão. Moro na cidade. Não sou colorado ou gremista. Sou Noia de coração.
Ben-Hur tem a ver com o filme, de 1959, maior vencedor da história do Oscar?Minha mãe achava o ator (Charlton Heston) bonito. No começo era estranho, mas agora volta e meia aparece um homônimo.
É possível subir para a Série C?
Conheço o clube e os jogadores. Treinei o Noia na Série D do ano passado. É tiro curto. Estou bem confiante que vai dar tudo certo.