O Grêmio jogou bem do primeiro ao último minuto. Fez 2 a 0, mas quatro ou cinco não seria demais, a julgar pelos gols feitos perdidos por Luan e até Ramiro. Este, vale dizer, se fizesse mais pediria música no Fantástico.
Somou nove finalizações certas contra uma, na trave, do Botafogo.
Com ou sem gol de mão de Luan, mereceu a vitória sem sombra de dúvida, tanto que até Jair Ventura, técnico adversário, recusou-se a resmungar da arbitragem.
Aliás, vale o exemplo de Ventura para os chorões do apito, que parecem gostar mais arbitragem do que de futebol.
A melhor notícia que vem da Arena na estreia gremista no Brasileirão não foi a vitória. Nem o placar. Foi a retomada das virtudes coletivas.
Não por outro motivo, é difícil alguém que tenha jogado mal. Houve vários destaques individuais no Grêmio, e isso é clássico de quando a parte coletiva vai bem. A recíproca, claro, é verdadeira em teoria e prática.
Marcação alta e agressiva, para desarmar mesmo. Jogadores próximos uns dos outro, em constante movimentação. Troca de passes com velocidade. E isso apesar dos desfalques de Edilson, Maicon, Bolaños, Douglas. E, agora, também Marcelo Oliveira, com o ombro deslocado: quatro semanas.
Mas a boa notícia, para além do resultado em si e até do placar, foi a volta da força coletiva após duas semanas de treino duro, sem partidas a disputar.
Arthur – Renato não é teimoso, o que é virtude. Preferia Artur mais à frente, na linha atrás de Lucas Barrios, pela qualidade. Bom demais para ser volante, digamos assim. Voltou atrás e o escalou na sua, pegando o campo de frente. Sem Douglas, jogadores como Arthur crescem em importância. Ainda mais com Maicon lesionado. Ainda há quem duvide que ele esteja preparado? Sem mais perguntas, meritíssimo.