Nenhuma novidade no teor da nota divulgada pelo STJD acerca da suposta falsificação de documentos por parte de advogados do Inter no Caso Victor Ramos. O departamento jurídico colorado já esperava chumbo grosso depois de recorrer à Corte Arbitral do Esporte (CAS) contra a recusa em reabrir a investigação de transferência do jogador, que teria atuado irregularmente pelo Vitória.
O auditor Mauro Marcelo de Lima e Silva, encarregado de examinar a tese da falsificação sustentada pela CBF, exerce o cargo no tribunal por indicação da própria entidade. No momento em que não se declarou impedido de julgar quem o garantiu no emprego, entende o Inter, a guerra era questão de tempo.
É um jogo de pressão. A CBF entende que o Inter tenta desacreditá-la aos olhos do mundo na Suíça. Como revide, move as peças para dar o troco, exibindo perícia atestando documentos fraudados.
Não sei onde isso vai dar. Só sei que, se o Inter tivesse uma direção capaz de evitar o rebaixamento na bola, em vez de atraí-lo ao buscar jogadores caros de qualidade duvidosa ou de trocar de técnico como quem muda de camisa em 2016, ainda por cima recorrendo ao emblema do Mazembe para salvar sua pele, nada disso estaria acontecendo.
O torcedor não pode esquecer dos verdadeiros culpados pelas suas dores, sob pena de absolvê-los. A CBF não é flor que se cheire, ainda mais sob o atual comando, mas quem rebaixou o Inter foi única e exclusivamente a sua incompetência.
Parece-me claro que o clube tem razão no Caso Victor Ramos, apesar do constrangimento de ter de descobrir uma formalidade de registro para não jogar a Série B e mascarar a ruindade do time de 2016. Mas vale repetir: é perigoso encarar as agruras da Segunda Divisão tendo a poderosa e ardilosa CBF como inimiga de morte.
Aguardemos as próximas batalhas dessa guerra.