Lá se vão quatro jogos sem vencer no Gauchão, com o empate desta quarta-feira com o Novo Hamburgo em 1 a 1. Empate até injusto, diga-se. O líder da competição foi superior.
O empate do Grêmio veio quase nos acréscimos, com as substituições colocando o time de Renato todo à frente, com Gata Fernández, Fernandinho, Luan, Everton e Lincoln no time.
Uma igualdade no abafa, após cruzamento em que a bola caiu nos pés de Leo Moura. Sereno, ele deslocou o goleiro.
Por um detalhe o Grêmio não cai para quinto lugar, perdendo prerrogativa de decidir em casa o mata-mata das quartas de final. Segue em terceiro, atrás de Caxias e Nóia, distante apenas três pontos do Inter, que faz campanha péssima.
Por isso Ramiro lamentou a atuação deficiente. Sem Barrios, com Everton de falso 9, o Grêmio rodou a bola, mas não concluiu. Mais do mesmo, portanto. A questão, apesar dos desfalques, é a evolução.
Não entendi os motivos para, sem Douglas, o técnico não ter dado chance a Lincoln, que entrou bem no intervalo contra o VEC e melhorou a equipe. Claro que ele não é a solução. Ainda participa pouco da recomposição. Mas é o jogador mais aproximado de Douglas no elenco. Mais até do que Gata Fernández. Outra questão, igualmente emergencial. Ramiro como volante melhora a saída de bola. Pelo menos até Maicon voltar, poderia ser usado ali.
O Grêmio já poderia estar um degrau à frente, ao menos pelo entrosamento herdado do ano anterior e manutenção da comissão técnica. Não adquiriu a consistência imaginada para quem sonha com a América.
Em favor de Renato, é preciso ressaltar os desfalques ao mesmo tempo: Grohe, Geromel, Maicon, Douglas, Bolaños. É muita gente. O problema é que, com ou sem eles, o tempo está passando e o futebol precisa aparecer.
Alguns vão demorar a retomar o ritmo após longa parada. E a bola tem de aparecer, apesar das desventuras. Inclusive no Gauchão, que o Grêmio institucionalmente quer muito vencer.
Mas esse desconto precisa ser dado no caso do Grêmio.