Se Nico López tinha alguma razão em reclamar da reserva, a perdeu quando se recusou a participar da roda de bobinho com seus companheiros, no intervalo da partida de domingo, no Estádio do Vale, diante do São José.
Ninguém gosta de ficar de fora, mas é preciso se exercitar. E se o técnico tiver de recorrer ao banco logo no começo do segundo tempo?
Foi exagero de Antônio Carlos preteri-lo até em nome de Andrigo e Gustavo Ferrareis, pelo que o uruguaio vinha produzindo em campo, mas o gesto do atacante terminou por reforçar a posição do técnico. Ele tem tido bom rendimento, inclusive marcando gols em boa parceria com D'Alessandro.
O atacante uruguaio se empenha menos do que deveria nos treinos. É a informação que recolho no universo colorado.
Enquanto D'Alessandro vai aos esgotamento aos 36 anos, Nico López parece se desligar. É uma queixa que já ouvi de outros treinadores com passagem pelo Inter.
Passa a impressão de se achar um patamar acima. Com problemas de recomposição no contra-ataque, a parte coletiva do time exige que todos recomponham.
Nico tem de se ajudar.
Futebol ele tem de sobra.