
É uma notícia terrível.
Para o profissional, que tem o ano comprometido aos 35 anos e será paciente de cirurgia.
Para o Grêmio, agora sem o seu mais importante criador.
A ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo de Douglas, em um lance acidental com Tilica durante o treino desta quarta-feira, forçará o Grêmio a alterar os planos.
Se antes havia um só tiro a dar para reforçar o time campeão da Copa do Brasil, de modo a melhorá-lo rumo à Libertadores, agora são dois. Não bastará abrir o cofre e trazer um só jogador, o tal fazedor de gols, como a direção tem dito.
Será preciso substituir Douglas, o camisa 10, peça essencial na equipe do técnico Renato Portaluppi. Por mais que Bolaños seja o substituto natural e até prefira jogar por dentro, na linha atrás de Luan, é fato que são características diferentes.
O equatoriano é mais atacante. Douglas é mais armador. Em outras palavras: enquanto Bolaños é acelerador, Douglas é acelerador e freio na medida exata.
É difícil imaginar Bolaños vindo aqui atrás buscar a bola e organizar a transição ofensiva com a naturalidade do camisa 10. A menos que Maxi Rodríguez ressurja das cinzas, o que não é lá muito provável, o Grêmio terá de ir ao mercado atrás de um armador.
OPÇÃO 1 – Mesmo que Bolaños consiga resolver ao menos parte do enorme prejuízo que é ficar sem Douglas por seis meses, o Grêmio terá de contratar.
Não tem outro jeito. E quando as convocações para as Eliminatórias vierem? E quando ele não puder atuar por qualquer outro motivo, como tantas vezes aconteceu em 2016?
Se a opção 2 vira opção 1 por força do destino, alguém terá de ocupar a opção 2 novamente.
Há também o veterano Leonardo Moura, 38 anos. No Santa Cruz, ele foi meia pela direita algumas vezes, mas não é incomum laterais de alta qualidade com a bola migrarem para as funções clássicas de armação.
Enfim: sem Douglas, o Grêmio precisa ir atrás de um armador. E Renato tem um abacaxi e tanto para descascar enquanto isso não acontecer.