O pior está acontecendo em seu mutirão contra o rebaixamento. Na reta final, em vez de melhorar o pouco que seria suficiente para escapar, o Inter só faz piorar. Por isso houve choro dos torcedores. Diante de 30 mil torcedores, a equipe de Celso Roth resumiu o seu futebol a um festival de balonismo. Como a escalação muda a cada jogo, o modelo mais ofensivo foi tão ruim quanto o outro, mais defensivo. Era um time destreinado após meses sob novo comando, sem jogadas ou mecânica, valendo-se do jogo aéreo e da segunda bola, também conhecida como rebote.
E só.
A demissão de Roth era inevitável, dentro do quadro amador do Inter desde o começo do ano.
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É como se o Inter estivesse morrendo afogado. Se debate em desespero, sem saber exatamente se o bater de braços e pernas vai resultar em algo. É quase um reflexo involuntário. Demitir Roth não foi errado. Errado foi trazer o técnico do Mazembe para salvar o clube, com toda a carga que ele tinha e já sem currículo recente de salvamentos assim.
O Inter até fez um gol bem construído, com Valdívia, no começo. Mas os bons lances não são fruto de uma sistemática, e sim de somas de individualidades esparsas. As vaias ao final do melancólico 1 a 1 são justificadas. Do outro lado, após levar o gol, Eduardo Baptista tirou Douglas Grolli, trouxe Wendell para a zaga, apostou em dois avantes (Wellington Paulista e Rhayner) e abriu Pottker pela direita. Deu um nó no Inter. Só o milagre salva contra Corinthians, Cruzeiro e Fluminense. O cerco da Série B se fecha no Beira-Rio.
Tocou a primeira trombeta do apocalipse.
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