Nunca mais comi bauru como o do Marjan. O Marjan tinha uma lanchonete ali na Floresta, perto da sapataria do meu avô. Eram muito amigos. Eu visitava o meu avô praticamente todos os dias. Ficava com o cotovelo fincado no balcão, ouvindo suas histórias e vendo-o trabalhar. Ele tomava uma lâmina de couro duro, da espessura de um dedo minguinho, e, usando o sapato que iria consertar como molde, desenhava a lápis a sola que queria extrair. Em seguida, pegava uma faquinha afiadíssima e com ela cortava o couro no formato necessário.
Globalização
O bauru do Marjan
Comida para quem precisa
David Coimbra
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