A defesa de Weverton, no quinto pênalti da Alemanha, arrancou do peito do torcedor mais do que um grito de gol: arrancou um urro de desafogo. A torcida não parou de festejar, até Neymar se dirigir para a grande área. Nem o gol foi tão comemorado. Por um momento, o Brasil se aliviou de todas as suas dores com o berro do Maracanã.
A maior de todas as vaias
111 minutos de partida. A Alemanha toca a bola no campo de defesa. E a torcida começa a vaiar. A vaia vai crescendo, vai se solidificando, vai estremecendo as fundações do Maracanã, mas não abala a Alemanha, que continua trocando passes.
Foram cinco minutos de uma vaia grandiosa e opressiva como uma catedral. Chegou a ser assustador. Se tem uma coisa que o Maracanã sabe fazer, é vaiar.
Barbada
Momentos antes da final contra a Alemanha, cambistas ainda tinham ingressos para vender. Precinho camarada: R$ 6 mil.
Walace, muito estranho
No final da partida, quando todos os jogadores do Brasil festejavam nas proximidades da área em que foram batidos os pênaltis, Walace, do Grêmio, se afastou e começou a caminhar devagar, sozinho, como se estivesse passeando. Cruzou a linha divisória, se aproximou da lateral do gramado e sentou-se.
A comemoração prosseguia, e Wallace parecia alheio a tudo. Então, levantou-se e, sempre sozinho, dirigiu-se até a linha de fundo, passou para trás da goleira, encostou-se nas placas de propaganda e olhou a torcida, como se procurasse alguma coisa. Depois, retornou para o centro do campo, tirou a camisa e só então reuniu-se aos demais.
Walace, na comemoração, foi impávido como tem sido em campo.
Os melhores
Neymar foi o melhor em campo, mas houve muitos de altíssimo nível no time. Renato Augusto é uma revelação como volante. Luan e Wallace acertaram o meio-campo.
O zagueiro Rodrigo Caio é de uma firmeza de Figueroa. Felipe Anderson deu outra personalidade ao ataque, quando entrou. E Weverton salvou o dia, a semana, o mês, o ano e o Brasil todo.