O Poder Judiciário é um pilar importante da democracia. É dele que saem as decisões que regem nossa vida. Sem ele, seríamos uma ditadura. Os membros do Judiciário são funcionários públicos e, como tal, devem prestar contas para todos nós que, afinal, pagamos seus salários. E isso, eles fazem muito bem.
Também são importantes a transparência nas decisões judiciais e o acesso à sala de audiência. Só que desde o julgamento do Mensalão, as sessões do Supremo Tribunal Federal (STF), a mais alta corte do Judiciário, passaram a ser televisionadas.
Sob a luz dos holofotes, os ministros passaram a ser celebridades. Isso, para o bem de todos nós, não deveria acontecer.
Com fama, os ministros do STF passaram a dar entrevistas para comentar casos jurídicos, o que é vetado pela Lei Orgânica da Magistratura (Loman).
Em países democráticos e mais evoluídos, isso acontece. Nos Estados Unidos, por exemplo, o acesso às sessões da Suprema Corte não é público. Apenas um desenhista tem acesso para retratar os personagens no momento do julgamento.
Em Londres, isso sequer existe. Mas, em nome da transparência, todas as decisões são públicas.
Aqui, a vaidade dos ministros suplantou o bom senso.