Um dos maiores problemas rodoviários do Rio Grande do Sul está prestes a ser resolvido. E, como tudo relacionado à obra pública, está levando tempo demais para ter um desfecho positivo. Falo do alargamento da ponte do Rio dos Sinos, na BR-116, em São Leopoldo.
Não tem dia ou horário em que o motorista não enfrente congestionamento naquela região da Grande Porto Alegre. Chega a ser irritante ficar mais de 30 minutos esperando que a fila de veículos se mova, seja no sentido da Capital ou do Interior. Certamente, se alguma autoridade responsável pela obra em algum momento pegou aquela estrada e se viu empacada, acabou se sentindo muito constrangida em ver o drama de milhares de motoristas e passageiros de ônibus. Este é um dos trechos com maior tráfego no Estado.
Em determinados dias, os congestionamentos fazem fila de mais de dois quilômetros em cada sentido. O cálculo do atraso já foi colocado na conta. Um exemplo: nas linhas de ônibus intermunicipais entre Caxias do Sul e Porto Alegre foi adicionado mais tempo à previsão de viagem, levando em conta que o congestionamento é inevitável.
Motoristas mais experientes e que conhecem a região usam caminhos alternativos por dentro de São Leopoldo para evitar o congestionamento. Esse tipo de atalho até pode ajudar, mas oferece riscos também aos pedestres, porque o tráfego de uma rodovia federal se transfere para a zona urbana.
Perto da ponte atualmente em obras, existe outro nó rodoviário, o viaduto que dá acesso ao bairro Scharlau, no entroncamento das rodovias BR-116 e RS-240, na mesma cidade de São Leopoldo. O trecho é ainda pior, cruza um bairro importante e comercialmente ativo da cidade. Um novo acesso ao viaduto está sendo construído ali e, igualmente, vai possibilitar a fluidez do trânsito e poderá evitar mais acidentes. O ideal mesmo seria o prolongamento da Rodovia do Parque (BR-448), que termina em Sapucaia do Sul, mas poderia ser estendida até o município de Portão sem precisar que motoristas usem a BR-116. Projeto existe, mas como sabemos, infelizmente, a burocracia nos engole.