Existem tantas câmeras públicas espalhadas por aí que a sensação é a que vivemos dentro do Big Brother. Dependendo do caminho a ser seguido, somos monitorados o tempo inteiro. São câmeras que vigiam nossos passos. E também flagram bandidos em ação.
São as câmeras que podem, por exemplo, oferecer uma imagem do acidente de trânsito que ajude a explicar as batidas. Nas ruas da cidade de Porto Alegre, existem mais de 1,3 mil câmeras da prefeitura espalhadas em vários pontos. O cercamento eletrônico é o monitoramento de carros que podem ter sido roubados.
Peguemos esse caso. Há uma pessoa por trás da tela, em geral um policial, olhando tudo e fazendo verificações. Assim que o motorista passar com o carro onde existe monitoramento, equipes serão acionadas para agir caso o veículo tenha sido roubado. Desta forma, o monitoramento é eficiente.
A presença de uma câmera em um ponto pode exercer uma certa sensação de segurança, mas não resolve o problema. O equipamento não vai impedir que o crime aconteça. O policial, sim. A imagem da câmera poderá ser usada como prova para a investigação. Ponto final. Ela não vai coibir o crime. Lembremos que, não muito tempo atrás, o bandido cobria o rosto para não ser identificado. Provavelmente confiando na impunidade, agora ele nem sequer se preocupa com isso. O assaltante não esconde mais o rosto.
Sem uma pessoa para dar uma resposta imediata, a câmera tem pouca serventia. Então, o circuito de TV interno ou externo é bom e necessário, mas não reduz a criminalidade.