Prestes a completar três meses, o modelo de distanciamento controlado do Rio Grande do Sul, utilizado no enfrentamento à pandemia de coronavírus, deve sofrer alterações. O objetivo das mudanças, segundo o governo do Estado, é dar mais autonomia aos prefeitos para tomarem decisões sobre medidas restritivas nos seus municípios. Não é nenhum absurdo. Pelo contrário, faz sentido.
Primeiro porque os prefeitos são os gestores que, na ponta, lidam com o dia a dia nos seus municípios. São eles que respondem diretamente aos moradores de suas cidades. O governo propõe deixar na mão dos prefeitos de uma região a decisão de aliviar ou não as medidas restritivas. Mas, para isso é necessário haver unanimidade entre eles. Ora, nada mais justo. Se houver insubordinação, caberá ao Ministério Público garantir o cumprimento das regras, exatamente como foi feito até agora.
O problema agora está na divisão de posição entre os prefeitos. Bem, neste caso é preciso que entrem em acordo. Não há tempo a perder. Estamos há quase cinco meses sob o efeito da pandemia.