Tão rápido quanto o alastramento do coronavírus tem sido a disseminação de informações duvidosas - pra dizer o mínimo - sobre a pandemia que colocou uma parte do planeta em quarentena. Nossos celulares estão cheios de mensagens de todos os tipos. As redes, então, te levam da cura ao caos em meia dúzia de postagens. São mapas, simulações, gráficos de todos os tipos. O certo é que nesta hora de crise sem precedentes para a nossa geração, as informações confiáveis, apuradas com rigor, verificadas e confrontadas com independência ainda são as da imprensa tradicional. É compreensível que numa nação acossada pela ameaça de uma doença ainda sem cura, seja fácil espalhar boatos. Afinal, eles são apelativos.
Na mesma toada, surgem aproveitadores que se valem da fragilidade de muita gente para tentar faturar politicamente. São em momentos como estes que, além de acreditar na imprensa, é preciso depositar confiança nos líderes. Três deles nos deram boas demonstrações de estarem sendo coerentes, responsáveis por tomarem decisões conectadas com a realidade desde o início da crise.
Primeiro, o prefeito Nelson Marchezan. A série de decretos deu a real dimensão da gravidade da crise. O mais recente deles, determina que fiquem em casa os moradores com mais de 60 anos, justamente a faixa etária mais vulnerável. O governador Eduardo Leite tem reagido com o mesmo rigor, adotando duras e necessárias medidas que vão desde a restrição de circulação de pessoas à ampliação de recursos para a saúde. Por fim, créditos para o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e seu time - nele incluído os gaúchos João Gabbardo dos Reis e Erno Harzheim. A história é impiedosa com aqueles líderes que tentaram ignorar a gravidade de uma crise pandêmica. É hora de se voltar para aqueles que deram demonstrações de compreensão e nos ofereceram as melhores respostas.