Daniel Scola
A eleição de 2018 impôs um novo desafio às autoridades que fiscalizam o processo eleitoral e deixou lições para o pleito de 2020: o monitoramento e a necessidade de rápida resposta para a proliferação de notícias falsas. A ação mais ofensiva contra fake news foi a Operação Olhos de Lince, deflagrada em 24 de outubro, quatro dias antes do segundo turno, e teve como alvo pessoas que produziram e espalharam conteúdo falso relacionado à eleição. Na serra gaúcha, um estudante de 19 anos foi autuado por crime eleitoral ao pregar, em redes sociais, ameaças de morte a um candidato. Em Porto Alegre, depois de divulgar vídeo afirmando que as urnas eletrônicas estavam fraudadas, uma educadora física acabou indiciada. O superintendente da Polícia Federal no Rio Grande do Sul, delegado Alexandre Isbarrola, avalia que a eleição deixou ensinamentos para quem acredita que a internet é terra de ninguém.