Cláudia Laitano
Era o início dos anos 1980, e eu sabia quase nada sobre quase tudo. Tão inocente sobre os horrores da Guerra Civil Espanhola quanto sobre os grandes mestres da pintura universal, topei com uma reprodução da Guernica em uma revista. Se você já viu o fabuloso mural de Pablo Picasso (1881 - 1973), ao vivo ou reproduzido em algum lugar, pode imaginar minha reação. Mesmo em versão minúscula e completamente desprovida de aura, o quadro costuma sequestrar a atenção do observador. Nada ali está parado, nada está em silêncio, nada está resolvido. Guernica nos puxa para dentro de uma guerra que está sempre voltando a acontecer.
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