Claudia Laitano
Eleitores parecem capazes de acreditar em quase qualquer desatino proferido durante uma campanha e raramente dedicam-se a investigar, com seriedade, se seu candidato dispõe de algum traço de espírito público ou liderança genuína. Entrar na política para garantir uma boquinha (ou um bocão) é a norma que esmaga quase todas as exceções – e a simples ideia de que alguém decida entrar nesse vespeiro movido por idealismo ou algum tipo de indignação cívica soa não apenas romântica, mas ingênua. Vem daí boa parte daquela espécie de ceticismo que os cientistas políticos apelidaram de "crise da democracia representativa".
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