Até Darwin pintar na parada, revolucionando a forma como o homem observa a natureza, a biologia era uma ciência descritiva. A ninguém ocorreria investigar por que as girafas têm pescoço comprido ou os morcegos enxergam melhor à noite. Bichos e plantas haviam sido colocados na Terra (plana) do jeito que são – como nós – para servir ao Criador. Não por acaso, até o final do século 18 o estudo da história natural era dominado por pastores, abades, diáconos, monges. Entre outros motivos, porque descrever a imensa variedade de seres da natureza era uma forma de celebrar a grandeza da criação divina.
Crônica
O resto é silêncio
Não se pode exigir da arte que use paletó e gravata, respeite os mais velhos e fique longe dos dogmas e das autoridades
Cláudia Laitano
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