O programa Sem Filtro, em GZH, na noite de quinta-feira (17), contou com a presença dos dirigentes do Grêmio e do Inter. Antonio Brum e José Olavo Bisol fizeram um bom debate, atento, cuidadoso e promoveram o clássico Gre-Nal com harmonia. A conversa, no entanto, deixou o estúdio e tomou as redes sociais.
Em certo momento, o vice-presidente tricolor questionou a relação de Roger com o torcedor do Grêmio e afirmou não se tratar de um ídolo na visão dele. E a discussão se abriu. Afinal, o que define um ídolo é como ele se faz presente no coração dos torcedores.
A definição de ídolo não é uma questão coletiva. O dicionário fala em “pessoa ou coisa intensamente admirada, que é objeto de veneração” — o que envolve, fortemente, a individualidade. Por isso, está errado dizer que alguém é ídolo de uma torcida. Milhões de pessoas apaixonadas por um clube de futebol não dão unanimidade a nenhuma figura.
O lateral-esquerdo Roger, jogador multicampeão pelo Grêmio, deve ser ídolo de muitos gremistas e de outros não. Para Brum, ele não é e isso é legítimo. Podemos discutir a forma e tempo da manifestação, mas não o conteúdo. A frase ganhou manchetes e discutida em todas as rodas e essa é força do nosso clássico e o poder dos protagonistas, como os dirigentes.
Muito me fiz essa pergunta durante a vida e não apenas no futebol. Quem são os meus ídolos? Eu sempre procurei ter ídolos, mas a dita “veneração” não é uma escolha. Pensando agora, no ambiente do futebol, poderia citar alguns nomes. De Leon, Tarciso, seu Verardi, Adílson Batista, Cacalo, Paulo Odone, Yura, Telê Santana, Raul Régis de Freitas Lima, Galatto e Gavião são alguns nomes que mexem com o meu coração tricolor. Ídolos? Talvez sim.