O Grêmio precisa aprender a terminar as páginas, encerrar os livros. Historicamente, o clube gira em torno dos mesmos nomes. Até vem novidades de vez em quando, mas, se dá errado, o clube se volta para aqueles que passam segurança. Os ciclos parecem não terminar. E aí surge o nome de Felipão.
Com todo a respeito à história do treinador que tem quatro passagens pelo clube e um currículo recheado de títulos, mas contratá-lo novamente, mesmo que para coordenador técnico — conforme parte da torcida está pedindo — é voltar para os anos 1990. Claro, foi um período vencedor, mas é passado.
O Grêmio precisa ver o que tem de opções e construir o projeto a partir de convicções que vão além de nomes teoricamente óbvios. Quanto tempo o Tricolor girou em torno do Foguinho? Se voltar ainda mais, a gente vai ver também um caminho do clube girando em cima do CPF, de algum nome.
O Grêmio e o Renato, por exemplo, se relacionam há 15 anos como treinador. Ele é importante atualmente, mas se enquadra neste caso. Roger Machado é outro que volta e meia reaparece, mesmo que apenas como cotação para se tornar treinador do clube.
Não há uma unidade de conceito, de pensamento. Precisa ter um projeto construído. Os dirigentes do Grêmio têm esse dever.