O que mais me preocupa concretamente no Grêmio é o grupo de jogadores, as peças disponíveis. Podemos comparar com os atletas que disputaram a partida contra o Juventude, por exemplo. Não parece, mas o time nessa partida foi repleto de reservas. Vamos aos fatos.
A torcida gremista precisa entender que a dupla histórica formada por Geromel e Kannemann não deve atuar nem 15 partidas nesta temporada. No lugar deles, aparentemente, a primeira opção de Renato é Rodrigo Ely.
Na lateral direita, Fabio parece estar evoluindo, mas era reserva no ano passado e disputa a titularidade com João Pedro. Reinaldo é o único lateral-esquerdo do grupo do Grêmio e é insuficiente. Tem o Cuiabano como reserva, mas esse está voltando de lesão.
Na volância, Villasanti joga sozinho, faz o papel de três jogadores, apesar de Pepê ter demonstrado certa melhora. O Cristaldo não consegue marcar, simplesmente não consegue. Por óbvio, lá na frente, Galdino e JP Galvão são reservas.
Quando Soteldo deixou o campo, o jogo acabou. O venezuelano sai lesionado aos 70 minutos por um bote na lateral esquerda. O Roger, técnico do Juventude, sabia que havia um buraco ali e deu trabalho para o Grêmio.
Aí no lugar do craque gremista nesta temporada entrou Besozzi, que é inferior ao Gustavo Nunes, do sub-20, e ao Nathan Fernandes.
O Grêmio apostou na continuidade do trabalho do ano passado. É uma aposta. Mas o Tricolor precisa acordar.
Esse grupo de hoje perde o Gauchão, perde para seu maior rival e pode perder até mesmo para o próprio Juventude, que é bem montado por Roger Machado. Só que não sou eu nem o torcedor que precisa ver isso. É o Grêmio. Apenas o clube pode ver isso.
Aliás, a lista de compras aumentou. Precisamos de, no mínimo, seis reforços.
Colaborou: Leonardo Bender