O processo de renovação do contrato de Villasanti com o Grêmio ganhou mais um capítulo nesta semana. Segundo informações da reportagem de GZH, o jogador não aceitou a primeira proposta do clube, e referiu que precisa subir de patamar na ordem dos salários do Tricolor. E este ponto intriga e preocupa.
A organização salarial do Grêmio sofre discrepâncias importantes, e isso causa uma confusão interna que, na hora das renovações, cria problemas de difícil solução. Villasanti tem se destacado e quer uma valorização que o aproxime das maiores estrelas do grupo. E está aí a grande dificuldade.
O Grêmio ainda tem jogadores — e salários — de outro momento do clube, de conquistas importantes e supervalorizações. Geromel e Kannemann, por exemplo, são remanescentes do time campeão da América, e têm salários relacionados a isso. Além deles, outros atletas também estão acima de Villasanti no quesito salário e apresentam performance muito menor.
O volante Villasanti, quando contratado em 2021, chegou a um Grêmio que buscava diminuir a lógica dos altos salários, e, por isso, diante do que acompanhou nestas três temporadas, pede uma valorização relacionada aos seus colegas de grupo. Esse é o grande ponto e a grande dificuldade do clube, que luta para tentar baixar o alto custo mensal com a folha de pagamentos.
Mesmo com algumas incoerências cometidas pela atual gestão ao contratar jogadores médios com salários altos, o Grêmio precisa insistir em baixar a folha e romper com o que produziu nas últimas temporadas. Não se pode definir os salários pelo passado. A hora é de pagar pelo rendimento, pela produtividade.
O Grêmio afundou, e esse foi um ingrediente importante para isso. Chegou o tempo de renovar o que passou e deixar o caminho limpo para novas histórias. E Villasanti pode ser uma vítima deste novo momento, e o torcedor precisa entender o que o clube precisa produzir.