A negativa do Grêmio em relação à proposta do Feyenoord, da Holanda, por Bitello, seguida também de outra negativa sobre um contato do futebol italiano por Villasanti, merece uma análise mais ampla. Os holandeses ofereceram 7 milhões de euros (R$ 36,93 milhões pela cotação atual) pelo promissor jogador e a diretoria tricolor, de pronto, rejeitou. Com Villasanti, os valores eram parecidos e o Tricolor também não quis conversa. Até aí, nada de muito importante. Poderíamos dizer que o clube recusou, simplesmente.
A informação, no entanto, não fecha com o que se diz sobre as finanças do Grêmio. Fala-se internamente que o clube precisa vender, nos próximos 10 dias, jogadores que possam render cerca de R$ 100 milhões, sob pena de enfrentar dificuldades para honrar os compromissos até o final desta temporada. Sempre se soube que o ano seria de reconstrução, e a realidade indicou ainda mais problemas.
Os valores apresentados por Bitello e Villasanti, pelo que se diz, iriam se aproximar do que o clube necessita. O que leva a uma pergunta: por que o Grêmio não deu andamento aos negócios? As duas vendas, em tese, resolveriam a situação até o final do ano, mas o Tricolor encerrou o assunto pelos valores que estão sobre a mesa. E isso tem um motivo.
A direção do Grêmio decidiu que irá buscar outras soluções criativas para solucionar o rombo no caixa, mas não abrirá mão do lado esportivo por valores que entende ser abaixo do mercado por ambos os jogadores. Para comprar, tanto Bitello quanto Villasanti, os clubes interessados terão de chegar aos valores que o clube definiu, mesmo que a necessidade seja, de fato, imperativa.
E essa é a informação. Vender, sim. Doar, nunca.