E o Brasil se consolidou como a segunda potência das Américas. Superar os Estados Unidos é impossível para todo o mundo. Mas o trabalho feito pelo Comitê Olímpico do Brasil nos últimos anos é digno de aplausos. O investimento, as regras para distribuição de verbas, como da Lei das Loterias, são apenas alguns dos pontos que contribuem para esse crescimento.
Na gestão de Carlos Nuzman, o dinheiro existia e o controle de distribuição ficava a cargo das confederações. Mas após sua saída, pelos motivos saídos, e a entrada de Paulo Wanderley alguns pontos mudaram e os critérios ficaram bem claros. Resultado chama investimento e isso, hoje, é nítido no esporte brasileiro.
Se não fosse essa combinação de investimento em material, campings de treinamentos, contratação de treinadores estrangeiros e intercâmbio para competições não seria possível ver o Brasil registrando recordes em Pan-Americanos e Jogos Olímpicos a cada edição. Paris vem aí e é provável que em 2024 possamos contar uma nova história, superando os 21 pódios de Tóquio com seus sete ouros. Eu apostaria, neste momento, em 25 medalhas na França, o que dependendo da quantidade de ouros poderá nos colocar no Top-10.
Recorde de medalhas de ouro confirmado
Na quinta-feira (2), o número se tornou claro. Com 46 ouros, só faltava saber quando e quem daria a medalha 55, que representa o recorde de medalhas de ouro do Brasil em uma única edição dos Jogos Pan-Americanos. E a sexta foi de contagem regressiva. Pela manhã, Bárbara Domingos e Maria Alexandre na ginástica rítmica. No inicio da tarde, foi a vez da vela dar sua contribuição com as bicampeãs olímpicas Martine Grael e Kahena Kunze, Mateus Isaac e Bruno Lobo. No saltos do hipismo, Stephan Barcha subiu no degrau mais alto. Faltavam duas.
Lais Nunes no wrestling, estilo livre, foi a 53 e veio o atletismo. Nos 400 metros com barreiras duas pratas. Mas, então, veio o bicampeonato de Darlan Romani no arremesso de peso e o recorde estava igualado. Minutos depois, o conjunto cinco arcos da ginástica rítmica deu a medalha de ouro 55. Em meio a isso uma desclassificação da panamenha Gianna Woodruff transformou a prata de Marlene Santos (400m com barreiras) em ouro. Agora, em Barranquilla-2027 um novo objetivo já está estabelecido. Superar Santiago.
Por não realizar exame médico, Almir Junior quase perdeu o Pan
O saltador Almir Junior, da Sogipa, quase perdeu os Jogos Pan-Americanos de Santiago. Desde os Jogos de Tóquio, o Comitê Olímpico do Brasil adotou algumas medidas obrigatórias para os atletas e todos os membros de sua delegação. Uma delas realizar exames médicos obrigatórios para ver se nenhum problema de saúde surgiu de última hora.
Treinando na Europa, o triplista acabou não fazendo os testes. A decisão não agradou o COB e ele foi informado de que se não fizesse os exames teria sua inscrição cancelada. Dessa forma, precisou mudar seu roteiro de viagem antes do Pan e ir a uma clínica em São Paulo para só então ser confirmado nos Jogos. Sua chegada ao Chile ocorreu no começo da semana.