A suspensão cautelar e temporária das exportações de produtos avícolas brasileiros permanece para 43 mercados, com vários graus de restrição, conforme levantamento atualizado do Ministério da Agricultura. Entretanto, apenas a Argentina mantém o embargo sobre as exportações de todo o Brasil. A lista é atualizada diariamente à medida que avançam as negociações entre o governo brasileiro e os países importadores para redução da abrangência das restrições.
A suspensão cautelar ocorre desde 17 de julho, após a detecção de um caso da doença de Newcastle, foco já encerrado, em um aviário comercial em Anta Gorda, no Rio Grande do Sul. Os embargos temporários atendem aos requisitos acordados nos Certificados Sanitários Internacionais pelo Brasil com estes países.
Na terça-feira (14), a China liberou a retomada da exportação de produtos avícolas brasileiros, exceto os provenientes do Rio Grande do Sul. Até o momento, além da China, seguem suspensos os embarques de carne de aves e derivados provenientes do Rio Grande do Sul para África do Sul, Arábia Saudita, Bolívia, Chile, Malásia, México, Peru, União Econômica Euroasiática e Uruguai.
Já Albânia, Canadá, Casaquistão, Coreia do Sul, Cuba, Egito, Filipinas, Hong Kong, Índia, Israel, Japão, Jordânia, Kosovo, Macedônia, Marrocos, Maurício, Mianmar, Montenegro, Namíbia, Paquistão, Polinésia Francesa, Reino Unido, República Dominicana, Sri Lanka, Tailândia, Taiwan, Tajiquistão, Timor Leste, Ucrânia, União Europeia, Vanuatu e Vietnã mantêm a restrição das exportações, limitada à zona de restrição do foco detectado da doença ou ao raio afetado, conforme preveem os protocolos sanitários com esses países.
O Brasil notificou o fim do foco da doença de Newcastle à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) em 25 de julho. Posteriormente, em 31 de julho e 8 de agosto, o Departamento de Saúde Animal informou ao organismo internacional as ações de vigilância realizadas na região e a ausência de novas suspeitas de casos da doença. "A situação epidemiológica permanece inalterada", diz o relatório.
O governo brasileiro aguarda o reconhecimento da OMSA do País como território livre da doença.