Assim como fez com o arroz, neste semana, o governo poderá zerar a tarifa de importação da soja, atualmente em 10% — a medida iria até o final do ano, para uma quantidade limitada do produto que vier de países de fora do Mercosul. A ideia é aumentar a oferta no mercado doméstico, o que contribuiria para reduzir o preço do produto, que segue com alta demanda. As informações são do jornal O Globo.
Segundo uma fonte da área econômica ouvida pela publicação, a combinação entre preços elevados dos alimentos no mercado externo e real desvalorizado frente ao dólar vai estimular ainda mais as exportações do agronegócio, incluindo a soja. Com isso, o produto pode faltar ou ficar mais caro.
Na Grande Porto Alegre, o óleo de soja é um dos produtos da cesta básica que foram mais inflacionados, com oscilação acima de dois dígitos (26,98%), perdendo apenas para a cebola (87,77%) — em seguida vem o feijão (26,3%), o leite (23,07%), a batata (21,45%) e o arroz (11,72%).
Na última quarta-feira (9), o Comitê-Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Camex), órgão do Ministério da Economia responsável pela política de tributação dos produtos que vêm de fora do país, decidiu zerar a alíquota do imposto de importação para o arroz em casca e beneficiado até 31 de dezembro de 2020.
O pedido de isenção da tarifa foi feito pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, para evitar o desabastecimento do produto no país. O preço do arroz, desde o início do ano, aumentou em mais de 100% nas prateleiras dos supermercados.