A nuvem de gafanhotos que tem preocupado as autoridades argentinas e gaúchas realizou um deslocamento de 60 a 80 quilômetros no sentido oeste, entre as cidades de Sauce e Esquina, na província de Corrientes, se distanciando do Rio Grande do Sul. No sábado (27), eles estavam nas proximidades da cidade de Curuzú Cuatiá, distante há pouco mais de 100 quilômetros de Uruguaiana, na Fronteira Oeste do RS.
O Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa) identificou a localização exata dos insetos e realizou durante o sábado aplicações de agrotóxicos com o uso de aviões. Neste domingo (28), novas ações terrestres foram feitas por cerca de duas horas até o que os insetos voaram.
Apesar da nuvem ter diminuído após o uso dos agrotóxicos e o aumento da distância com o Rio Grande do Sul, a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural e o Ministério da Agricultura seguem atentos à situação, já que ainda há risco da nuvem se dirigir ao Estado.
— Temos de seguir em alerta. Há previsão de chuva e mudanças no vento a partir de terça-feira (30) que não favorecem. A nuvem segue o vento o que pode alterar a direção rapidamente — explicou Juliano Ritter, fiscal estadual agropecuário que acompanha a situação na fronteira do Rio Grande do Sul.