Depois de dias de monitoramento, o Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa) identificou com precisão a nuvem de gafanhotos que tem preocupado as autoridades do país vizinho e do Rio Grande do Sul. A partir da localização, distante 90 quilômetros a oeste de Curuzú Cuatiá, na província de Corrientes, houve aplicação de agrotóxicos com uso de aviões agrícolas.
— Conforme informações repassadas por um colega argentino, reduziu em 20% a nuvem com esse controle — diz Juliano Ritter, fiscal estadual agropecuário que acompanha a situação na fronteira do Rio Grande do Sul.
De acordo com Ritter, os órgãos argentinos programam para este domingo (28) o controle químico terrestre. Além das ações de combate com agrotóxicos, as condições climáticas têm favorecido a pouca mobilidade dos insetos.
— Continuamos monitorando, e o vento está auxiliando. Ontem, estava sudeste, e, hoje, soprando de leste. A temperatura de 5°C pela manhã reduziu a mobilidade deles — afirma.
Apesar da chance de os insetos se deslocarem para o Estado ter diminuído, a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural continua vigilante.
— Com a condição de vento atual, a possibilidade de virem reduz, mas amanhã não sabemos. Tem que ser dia a dia — alerta Ritter.