O carro-chefe da safra gaúcha continua sendo a soja, que responderá por 18,5 milhões de toneladas da próxima safra do Rio Grande do Sul – quase 60% da produção total. O resultado econômico da cultura será superior a R$ 21,8 bilhões. De acordo com projeção da Emater divulgada nesta terça-feira (11), a safra de grãos deve superar a expectativa no Rio Grande do Sul.
— O mundo quer soja. O alimento mais caro e mais difícil é a proteína. E temos ela em abundância, graças à soja — disse o agrônomo Elmar Luiz Floss, palestrante do 30º Fórum Nacional da Soja, realizado durante a Expodireto-Cotrijal.
A colheita da oleaginosa deverá superar as projeções iniciais, segundo o diretor da Agroconsult, André Pessoa, também palestrante do evento:
— Não será uma surpresa se chegarmos a 19 milhões de toneladas na soja.
Na região de Passo Fundo, por exemplo, a produtividade projetada para a cultura pela Emater é de 3.758 quilos por hectare – o equivalente a 62 sacas por hectare. Na região da Campanha, onde a chuva prejudicou as lavouras, o rendimento por hectare não deve passar de 2 mil quilos por hectare – 33 sacas por hectare.
O consultor da Agroconsult chamou a atenção para o baixo percentual da safra do grão vendida antecipadamente pelos produtores gaúchos. Enquanto no país chega a 50%, no Rio Grande do Sul o índice não passa de 15%:
– A concentração da venda em um único período é arriscada, levando em conta incertezas relacionadas ao comportamento do câmbio e da guerra comercial entre chineses e americanos.