A Justiça do Rio Grande do Sul condenou quatro pessoas pelo crime de abigeato no âmbito da Operação Castelo. Os homens faziam parte de uma organização criminosa que atuava em municípios do Sul e da Campanha. A decisão, da 4ª Vara Criminal da Comarca de Pelotas, foi proferida na terça-feira (26), mas divulgada apenas nesta sexta-feira (29) pelo Tribunal de Justiça (TJ). Os nomes dos condenados não foram divulgados pelo Judiciário.
Os condenados são dois produtores rurais (um sentenciado a 14 anos, três meses e sete dias de prisão e outro a nove anos, 11 meses de reclusão), um dono de minimercado (sentenciado a 13 anos e quatro meses) e um dono de açougue, que pegou três anos de reclusão. Cabe recurso da decisão.
Os crimes praticados na Operação Castelo teriam sido cometidos Bagé, São Lourenço do Sul, Candiota, Piratini e Pinheiro Machado. A carne fruto do abigeato seria comercializada em Pelotas.
Segundo as investigações da Polícia Civil, um dos criminosos era um dos principais carneadores do ramo ilegal. Ele seria o encarregado de ir até o campo, abater, carnear os animais e repassar o produto para venda.
Segundo a denúncia, o esquema irregular ocorria há anos e os integrantes eram bem articulados, possuíam armas, coletes balísticos e atuavam apenas quando existia encomenda. Um dos condenados foi preso em flagrante, em maio de 2017, em seu açougue, com cerca de 800 quilos de carne irregular.
Na decisão, a Justiça salientou que os animais abatidos ilegalmente eram de raça e alto valor econômico, causando grande prejuízo ao agronegócio.
Os condenados estão presos. A Justiça manteve prisão cautelar deles.