Campo e Lavoura

Dia intenso em Esteio

Ministra de caras e bocas, Kátia Abreu esteve à vontade na Expointer

A titular da pasta da Agricultura teve uma passagem intensa pela feira: atendeu a demandas de produtores e curtiu a diversidade da exposição

Cadu Caldas

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Após debate com produtores de maçã - Foto: Adriana Franciosi

O estilo despachado marcou a presença dela na Expointer neste sexta-feira. Em meio a conversas animadas com produtores, ainda teve tempo para levar alguns produtos oferecidos no pavilhão da agricultura familiar, comer maçã e comprar botas. Até o cavalo campeão da raça crioula ganhou um beijo.

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A cada meia dúzia de passos, ouvia novos pedidos de produtores. Quando um deles fez queixas em relação à entrada de alimentos chineses, respondeu com bom humor:

Adriana Franciosi / Agencia RBS
Ministra brindando o Cadastro Único Nacional Vitivinícola

Uma cena ocorrida neste sexta-feira à tarde na sede da Embrapa no Parque de Exposições Assis Brasil descreve bem a passagem da ministra da Agricultura, Kátia Abreu, na 38ª Expointer: sentada à mesa com representantes da associação gaúcha de produtores de maçã, que reclamavam da demora na assinatura de uma portaria do ministério que impõe exigências sanitárias à importação de frutos da Argentina, ela estendeu a mão para assessora:

- Liga para o Rangel (Luis Eduardo Rangel, diretor de Sanidade Vegetal do Ministério). Quero falar com ele agora.

Assim que Rangel atendeu, a ministra foi direto ao ponto:

- Por que a portaria ainda não saiu? Pô, Rangel, se continuar demorando assim vou mandar colocar uma plaquinha na porta da sua sala dizendo: "esse protege os argentinos". Quando posso assinar? Não tem de passar pelo departamento jurídico antes? Então, está combinado. Quinta-feira que vem na minha mesa - finalizou.

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- Esse é uma reinvindicação de todo mundo, do pessoal da carne, do leite... Na hora de vender para eles ninguém reclama, né?

Aproveitando para comprar botas - Foto: Adriana Franciosi


A demanda mais comum era para facilitar a liberação de crédito dos bancos - que reduziram subsídios devido ao ajuste fiscal promovido pelo governo federal.

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Durante discurso na cerimônia de abertura, Kátia disse que os bancos continuem sendo parceiros do setor, mas que em momentos de crise, tendem a pesar a mão.

-  Queremos fazer um pedido ao Banco do Brasil, à Caixa Econômica Federal e aos bancos privados. O governo fez o mais difícil em ano de crise, que foi aumentar em 20% o Plano Safra. Pedimos aos bancos que compreendam o momento de crise, mas não pesem nas exigências e garantias - pediu.

O beijo no cavalo campeão da raça crioula - Foto: Adriana Franciosi

A ministra anunciou mais de R$ 86 milhões para impulsionar o setor de lácteos no Estado, medida que deve beneficiar 18 mil propriedades rurais de 132 municípios e a assinatura de um termo de cooperação para a criação do Cadastro Único Nacional Vitivinícola.

- O cadastro é importante para organizar melhor o setor: quem produz, onde produz. Para, a partir daí, poder criar políticas públicas.

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A iniciativa vai formar um grupo de trabalho que terá 30 dias para desenvolver o projeto de integração das plataformas, que será baseado no modelo criado pelo governo do Rio Grande do Sul.

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