O maior desafio da direção da Emater, a partir de agora, será converter todo apoio oferecido à entidade - e que vem sendo declarado aos quatro cantos à comitiva que está em Brasília - em uma decisão que mantenha a filantropia. A reunião nesta quarta-feira no Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) será carregada de expectativas. O grupo será recebido pelo também gaúcho Marcelo Cardona, secretário-executivo do MDS.
- Com as peças do quebra-cabeça, vamos ficando muito otimistas - afirma Rodrigo Dalcin, advogado da Emater.
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Há um recurso feito contra portaria do ministério que revogou o certificado de entidade beneficente de assistência social (Cebas) a partir de 2009. Sem a filantropia, o funcionamento da Emater - com presença em 494 municípios do Rio Grande do Sul e atendendo mais de 250 mil famílias - é colocado em risco.
- Precisa de uma explicação muito forte do que impede o MDS de conceder a filantropia. Espero que hoje a gente tenha um avanço - avalia o deputado Elton Weber (PSB), um dos integrantes da comitiva que está em Brasília.
Na peregrinação feita nesta terça-feira, a simpatia pela causa ficou evidente na Marcha dos Prefeitos e também no gabinete do ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União.
- O ministro se posicionou a favor da causa e se colocou à disposição para falar com o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU) - afirma Clair Kuhn, presidente da Emater.
Secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, o gaúcho Caio Rocha, que já esteve à frente da entidade, também prometeu interceder.
Com encaixe de última hora, o grupo deve se encontrar na quinta-feira com o ministro Luís Inácio Adams, da AGU. Mais uma ponta de esperança que se abre para resolver de vez a questão.