Parte do constante monitoramento feito na produção brasileira, o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (Para) divulga agora os resultados complementares de itens avaliados em 2012.
Na lista de 1.397 amostras coletadas em quatro momentos diferentes daquele ano entram abobrinha, alface, feijão, fubá de milho, tomate e uva.
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O resultado aponta que 25% tiveram padrões insatisfatórios. Ou seja, apresentaram níveis de resíduos acima do permitido ou evidenciavam uso de agrotóxicos não autorizados. A grande maioria, 75%, foi considerada satisfatória. Desse universo, 33% não apresentou resíduos e 42% tinha concentrações iguais ou inferiores ao limite máximo.
As amostras com resíduos acima do limite tolerado representam 1,9% do total coletado em 2012. O problema da presença de produtos não autorizados para a cultura - 21% do total - deve diminuir daqui para frente. Produtores sempre argumentaram que alguns alimentos acabavam sendo flagrados no monitoramento porque não tinham produtos de uso específico. É o caso da rúcula, para citar apenas um exemplo.
No início deste ano, Anvisa, Ibama e Ministério da Agricultura editaram uma instrução normativa que amplia a possibilidade de registro de agrotóxicos para cultivos com poucas opções de produtos - as chamadas minor crops, produções de menor valor econômico.
- Essa mudança já está dando resultado. Há vários produtos sendo registrados - afirma Evandro Finkler, presidente da Associação dos Produtores da Ceasa.
Resíduos acima do limite máximo, no entanto, não podem ser tolerados.
- Isso reflete falta de preparo ou então excesso de uso - argumenta Finkler.