Depois de ouvir as sugestões da diretoria da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), o governador eleito José Ivo Sartori se sentará nesta quarta-feira à mesa para um café da manhã com representantes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS), na sede da entidade, na Capital.
A iniciativa do encontro foi de Sartori, que durante as eleições já havia recebido a pauta com as reivindicações da produção familiar. O peemedebista irá acompanhado do vice, José Paulo Cairoli (PSD).
Neste momento, a dúvida mais recorrente talvez seja a de qual é a estrutura pensada para tratar do setor no próximo governo.
Atualmente, duas pastas se dedicam à produção primária: a da Agricultura e a do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo. A manutenção das duas secretarias é defendida pela Fetag.
- São prioridades diferentes, embora atuem no mesmo campo. São estruturas que não precisam concorrer, podem e devem conversar - avalia Elton Weber, presidente da Fetag-RS.
É pouco provável que Sartori abra, no encontro, a decisão sobre unir ou não as duas pastas. O recado pela manutenção, no entanto, será reafirmado.
Também serão expostos os obstáculos enfrentados pelo agricultor familiar. São gargalos como o da infraestrutura, que prejudicam e limitam as atividades do setor. Um exemplo são as falhas e a má qualidade da energia elétrica que chega ao meio rural.
Assistência técnica e questões referentes à legislação - leia-se impacto das demarcações de terra no Estado - são outros assuntos para a mesa desse café da manhã, certamente farta de produtos da agricultura familiar, que responde pela produção de 70% dos alimentos no país.